Construída para residência de Francisco Muniz Barretto e Lavínia Muniz Barretto e permanece com a família. No imóvel, foram realizadas pequenas alterações, internamente preservou-se o projeto e, até os anos 1990, foi mantido o mobiliário original.

A fachada principal apresenta traços ecléticos bastantes peculiares, uma vez que é dividida em duas partes distintas. A residência é uma edificação tipo chalet, ela traz compoteiras classicistas de inspiração italiana, o telhado feito de telhas francesas e podemos observar as iniciais do proprietário "F.B." na fachada da casa.

Beleza , tradição e linhas inspiradoras de romance presentes nessa bela residência,  preservam nosso patrimônio histórico.

Francisco Muniz Barretto

Figura de destaque do mundo empresarial e social de Mococa nasceu na Vila de Divina Pastora, Estado de Sergipe, no dia 11 de junho de 1874.

Começou seus estudos básicos no conceituado Colégio “Coronel João Florêncio” de Salvador. Em 1892, órfão de pai e mãe, transferiu-se para São Paulo em companhia de seu cunhado, Dr. Francisco Muniz Barretto (que veio em busca de melhores oportunidades, para o exercício de sua atividade de médico). Dando continuidade em seus estudos, matriculou-se no Colégio em Jundiaí e pouco depois, transferiu-se como interno para o famoso Colégio São Luiz de Itu.

Terminando seus estudos iniciou sua vida de trabalho nos escritórios, essa foi sua melhor escola para seu desenvolvimento e suas aptidões de homem de negócios.

Em 1901, seu cunhado, Dr. Francisco Muniz Barretto, que o trouxe para Mococa por motivos de saúde e para acompanhar melhor seu tratamento. Aqui se estabeleceu com um armazém de secos e molhados, num velho sobrado no largo do Mercado.

Em 1° de julho de 1902, instalou, anexa a seu estabelecimento comercial, a Casa Bancária F. Barretto, que em 1928, transformou-se no Banco F. Barretto S/A, já abrigado em prédio próprio, no então Largo do Rosário (onde funcionava o Banco Bamerindus).

Francisco Muniz Barretto viveu nesta Cidade por mais de 50 anos, tendo por ela um carinho especial como se fosse sua terra natal. Progressista paralelamente às suas atividades de banqueiro e empresário vitorioso, desenvolveu um fecundo trabalho em benefício da construção de Mococa.

Em 1907, comandou seus amigos para a fundação da Companhia de Água e Esgotos de Mococa, em 1908, trabalhou ativamente para a fundação da Santa Casa de Mococa, emprestou seu apoio para a fundação do Asilo “Dr. Adolpho Barretto”, do Lar “Maria Imaculada”, bem como para a construção do Convento “São José”, e muitos outros benefícios trouxe para a cidade.   

Faleceu no dia 1° de abril de 1952, aos 78 anos de uma existência rica de exemplos, de humildade, de generosidade e de trabalho.

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